Cannabis medicinal

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Tratamentos com Cannabis Medicinal utilizando a planta Cannabis sativa têm sido desenvolvidos na forma de óleos, pomadas e outras formulações, além de serem investigados por suas diversas potencialidades terapêuticas. Popularmente conhecida como Cannabis Medicinal, esta planta está se tornando cada vez mais comum em consultórios médicos, devido à sua ampla gama de compostos químicos chamados canabinoides, com destaque para o THC (tetraidrocanabinol) e o CBD (canabidiol). 

A Cannabis Medicinal é usada para tratar várias condições de saúde, como dor crônica, ansiedade, distúrbios do sono, epilepsia e sintomas associados ao câncer e outras doenças graves. Suas propriedades terapêuticas vêm sendo estudadas há décadas, com um crescente corpo de evidências científicas que apoia seu uso. 

Em muitos países, incluindo o Brasil, o uso de Cannabis Medicinal é regulamentado, permitindo a obtenção de autorização para seu uso terapêutico. No entanto, é essencial que o uso da Cannabis Medicinal seja supervisionado por um médico qualificado, que pode ajudar a determinar a dose adequada e monitorar os possíveis efeitos colaterais. 

Alguns estudos indicam que o uso de Cannabis Medicinal pode causar efeitos colaterais, como tontura, sonolência e alterações no apetite e humor. Esses efeitos podem ser desejáveis ou não, dependendo da indicação médica, como em pacientes em tratamento de quimioterapia que precisam aumentar o apetite e aliviar náuseas, sendo o efeito colateral do THC útil para ambos. No entanto, a maioria das pessoas que usam Cannabis Medicinal sob indicação médica adequada se beneficiam dos efeitos colaterais, como regulação do apetite e melhora do sono, por exemplo. 

BENEFÍCIOS:

A Cannabis Medicinal tem recebido cada vez mais atenção devido ao seu potencial terapêutico em diversos tratamentos de saúde. O uso desta planta possui um histórico milenar, com registros de mais de 5 mil anos. Recentemente, a Cannabis Medicinal demonstrou eficácia no tratamento de várias condições, como dor crônica, epilepsia, glaucoma, esclerose múltipla, doenças autoimunes e principalmente dores, sendo esta a condição mais tratada em países onde a planta é legalizada. Além disso, a Cannabis Medicinal é utilizada para aliviar sintomas de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e insônia, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Esse efeito se deve à presença de receptores endocanabinoides no nosso corpo, formando o sistema endocanabinoide. 

As formas de consumo da Cannabis Medicinal são variadas, sendo mais comum o uso de extratos ou óleos ricos em CBD, que podem ser administrados por via oral ou aplicados topicamente na pele. Em alguns casos, a Cannabis Medicinal também pode ser utilizada por meio de vaporização ou na forma de chá. 

Os estudos sobre a Cannabis Medicinal estão em andamento, e mais pesquisas são necessárias para compreender completamente seus efeitos e potencial terapêutico. No entanto, os resultados iniciais são promissores, mostrando que a Cannabis Medicinal é uma opção viável e segura para muitos pacientes que buscam alívio para condições debilitantes. 

O uso de óleos ricos em CBD ou THC para tratamento tem crescido rapidamente, apresentando resultados positivos. A Cannabis Medicinal também tem sido aplicada no tratamento de doenças negligenciadas. Contudo, é importante seguir as regulamentações locais e buscar orientação médica antes de usar a Cannabis Medicinal. Consultar um profissional de saúde qualificado é fundamental para determinar se este tratamento é indicado para o seu caso específico. 

UMA PLANTA – DIVERSAS POSSIBILIDADES:

Os canabinoides são compostos químicos naturalmente presentes na planta Cannabis, também conhecida como maconha. Esses compostos têm atraído grande interesse no campo da medicina devido às suas potenciais propriedades terapêuticas. Existem mais de 100 canabinoides identificados na planta de cannabis, mas os dois mais conhecidos são o tetra-hidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). 

O THC é o canabinoide responsável pelos efeitos psicoativos da maconha, tanto em uso recreativo quanto medicinal. Além de seus efeitos recreativos, o THC possui propriedades medicinais, ajudando no alívio de náuseas e vômitos em pacientes submetidos a quimioterapia, estimulando o apetite em pacientes com AIDS e tratando a dor crônica. 

Por outro lado, o CBD é um canabinoide que não causa euforia ou alterações mentais significativas e tem sido intensamente pesquisado devido às suas propriedades terapêuticas. O CBD tem se mostrado eficaz no tratamento de convulsões em pacientes com epilepsia refratária, na redução da ansiedade, no alívio da dor crônica, no tratamento de distúrbios do sono e no controle de sintomas de doenças inflamatórias, como a doença de Crohn e a artrite reumatoide. 

Além do THC e do CBD, outros canabinoides menos conhecidos também têm demonstrado propriedades terapêuticas promissoras. Por exemplo, o canabinol (CBN) pode ter propriedades sedativas e ser útil no tratamento da insônia, enquanto o canabigerol (CBG) é reconhecido por suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antibacterianas. 

A importância dos canabinoides na fabricação de medicamentos é evidenciada por sua eficácia no tratamento de condições como epilepsia refratária, esclerose múltipla, dor crônica, náuseas induzidas por quimioterapia e distúrbios do sono. Além disso, os canabinoides também estão sendo estudados por seu potencial no tratamento da ansiedade, depressão, doenças neurodegenerativas e até mesmo certos tipos de câncer. 

Atualmente, existem medicamentos à base de canabinoides aprovados para uso médico. À medida que cresce a evidência científica sobre os benefícios terapêuticos dos canabinoides, muitos países têm revisado suas políticas e regulamentações para permitir o uso medicinal da cannabis. 

Diversos países adotaram regulamentações que permitem o uso de canabinoides para fins médicos. No Canadá e em vários estados dos Estados Unidos, por exemplo, o uso de cannabis medicinal é legalizado e regulamentado. Em outros países, como Alemanha, Austrália, Israel e alguns estados do Brasil, os pacientes podem obter acesso legal a produtos contendo canabinoides, desde que tenham uma prescrição médica. 

Os canabinoides interagem com o sistema endocanabinoide do corpo humano, que desempenha um papel importante na regulação de várias funções fisiológicas, como controle da dor, inflamação, apetite, sono e humor. Ao modular esse sistema, os canabinoides podem oferecer benefícios terapêuticos em uma ampla gama de doenças, desde distúrbios neurológicos até condições psiquiátricas e distúrbios gastrointestinais. 

É importante ressaltar que a pesquisa sobre canabinoides está em andamento, e mais estudos são necessários para entender completamente os efeitos e a segurança dessas substâncias. A dosagem, o modo de administração e os efeitos colaterais também são aspectos que precisam ser considerados ao desenvolver medicamentos à base de canabinoides. 

No entanto, à medida que a pesquisa avança, os canabinoides continuam a mostrar promessas como uma opção terapêutica para uma variedade de doenças, proporcionando esperança para pacientes que enfrentam condições médicas debilitantes. 

SISTEMA ENDOCANABINOIDE – O MAESTRO DO CORPO HUMANO

O sistema endocanabinoide (SEC) é fundamental para a regulação e equilíbrio de diversos processos fisiológicos no corpo humano. Além disso, ele permite que o organismo aproveite as propriedades terapêuticas da Cannabis para tratar uma série de doenças. Embora a interação do canabidiol (CBD) com o SEC ainda esteja em estudo, diversos estudos clínicos já sugerem seus benefícios para a saúde. 

O sistema endocanabinoide foi descoberto em 1964 pelo pesquisador Raphael Mechoulam, em Israel. Nesse mesmo ano, Mechoulam documentou o THC (tetrahidrocanabinol), o principal componente psicoativo da Cannabis, revolucionando o entendimento sobre as propriedades medicinais dessa planta. A descoberta do THC levou Mechoulam a identificar o SEC, composto por canabinoides endógenos (endocanabinoides) e enzimas de síntese e degradação. 

O SEC é composto por uma rede de receptores e enzimas que facilitam a comunicação entre células. Ele está presente em diversas partes do corpo, incluindo o cérebro, órgãos, tecidos conjuntivos, glândulas e células do sistema imunológico. As principais funções do SEC incluem: 

  

– Estabilização do organismo (homeostase) 

– Regulação do apetite, dor, inflamação, termorregulação, e pressão intraocular 

– Controle muscular, equilíbrio de energia, metabolismo, qualidade do sono, resposta ao estresse, motivação/recompensa, humor e memória 

Os receptores CB1 e CB2 são os principais componentes do SEC. Os receptores CB1 são predominantes no sistema nervoso central e controlam muitos neurotransmissores. Já os receptores CB2 estão principalmente no sistema imunológico, regulando inflamação e dor. Alguns tipos de células possuem ambos os receptores, desempenhando funções específicas em diferentes tecidos. 

O corpo humano produz seus próprios canabinoides, conhecidos como endocanabinoides, como a anandamida (AEA) e o 2-arachidonoylglyerol (2-AG). Esses compostos são produzidos conforme necessário e se ligam aos receptores CB1 e CB2 para manter a homeostase. Além dos endocanabinoides, o sistema pode ser suplementado por fitocanabinoides encontrados em plantas como a Cannabis, equinácea e linhaça. 

O SEC desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar geral, regulando uma série de processos fisiológicos essenciais. Ele também é estudado como uma alternativa para o tratamento da adição, influenciando os mecanismos de motivação e recompensa. 

O THC, principal canabinoide da Cannabis, se liga aos receptores CB1 e CB2, produzindo efeitos como redução da dor e aumento do apetite, mas também pode causar ansiedade e paranoia em alguns casos. Por outro lado, o CBD não interage diretamente com esses receptores. Acredita-se que o CBD iniba a degradação da anandamida ou possua propriedades antioxidantes, ajudando com sintomas de dor e náusea associados a várias condições.  

Além disso, atualmente são estudados mais de 120 compostos ativos na indústria farmacêutica como exemplos mais utilizados temos: CBN, CBG, THCV, entre outros. 

As enzimas são responsáveis pela produção e degradação dos endocanabinoides. Elas são produzidas “sob demanda” e liberadas dos neurônios para sinalizar a necessidade do SEC. Após a sinalização, os endocanabinoides são recaptados por transportadores e degradados por outras enzimas, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento de medicamentos direcionados. 

O sistema endocanabinoide é essencial para a manutenção do equilíbrio fisiológico no corpo humano, influenciando uma vasta gama de processos biológicos. A interação do SEC com compostos como o THC e o CBD oferece promissoras perspectivas terapêuticas, sendo objeto de intensos estudos científicos. 

FONTE: https://www.acanna.org/post/o-que-e-o-sistema-endocanabinoide

QUAIS DOENÇAS PODEM SER TRATADAS?

Quais doenças podem ser tratadas com o canabidiol? 

Já é extensa a lista de doenças que podem ser tratados utilizando o CBD como substância ativa.  

Veja algumas delas: 

  • Ansiedade 
  • Artrite reumatoide 
  • Artrose 
  • Autismo 
  • Câncer 
  • Dependência química 
  • Depressão 
  • Dermatites, acne e psoríase 
  • Diabetes 
  • Doença de Alzheimer 
  • Doença de Parkinson 
  • Doenças gastrointestinais 
  • Dor neuropática 
  • Dores de cabeça 
  • Endometriose 
  • Enxaqueca 
  • Epilepsia 
  • Esclerose múltipla 
  • Fibromialgia 
  • Glaucoma 
  • Insônia 
  • HIV 
  • Lesões musculares 
  • Obesidade 
  • Osteoporose 
  • Paralisia cerebral 
  • Síndrome de Tourette 
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) 
  • Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) 
  • Doenças veterinárias. 

 

Perguntas frequentes

Falso. Você está respaldado pela lei. Andando sempre com a receita + liberação da Anvisa (se importado) + medicação, nada de negativo poderá acontecer. Extremamente importante lembrar sempre de ter receita médica junto com a medicação, nem que seja por pdf no celular.

Falso. Os medicamentos à base de cannabis tem seus componentes balanceados de forma harmônica para que não gere dependência nem vício aos pacientes. Ao contrário da maconha recreativa que essa sim pode causar dependência devido aos altos percentuais de seus compostos na planta não medicinal.

Devido ao grande número de componentes na planta, as diversas combinações do mesmo dão medicamentos para múltiplas patologias como: Ansiedade, TDAH, Fibromialgia, Depressão, Insônia, Alzheimer, Parkinson, Dores crônicas, Câncer, Inflamação, Autoimune, Obesidade, Cólicas…

Verdade. Há vários casos em que é possível retirar as medicações alopáticas ou ao menos reduzi-las causando menos malefícios. Tudo depende da evolução subjetiva de cada paciente.

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